Chamo-me Dília Andrade e tenho três filhos, um de vinte e três anos, uma de vinte e dois, e outra, com catorze. O mais velho frequentou a Escola da APEL, a do meio concluiu agora, nessa Escola, o 12º ano, e a mais nova acaba de passar para o 11º ano, também na APEL.
Todos os pais têm sonhos e querem o melhor para os seus filhos. O meu desejo era e é que todos os meus filhos completassem o 12º ano e, a partir daí, escolhessem o que mais os fizesse felizes, sempre com a orientação dos pais. Mas a vida lança-nos desafios que nem sempre esperamos e os caminhos a percorrer nem sempre se enquadram naqueles objetivos e sonhos que tínhamos.
No caso de uma das minhas filhas, a do meio, apercebemo-nos de que tinha dificuldades de aprendizagem. Todos diziam que, devido a estas dificuldades, ela não poderia fazer o secundário (currículo regular), porque seria muito difícil e abstrato. Por esse motivo, procurei alternativas, mas, em nenhum lado, encontrei resposta que se enquadrasse no seu perfil. Também por esse motivo, ela não frequentou qualquer estabelecimento de ensino durante três anos. Mas a minha filha e eu não desistimos, até porque ela tinha o sonho de ser finalista e eu, como mãe, não podia deixar de a motivar e apoiar.
Até que, um dia, abordei o assunto com a Direção da Escola da APEL (Padre Fernando, Dr. José Vieira, Dr. Gonçalo Faria). Depois de alguma ponderação, a Escola decidiu aceitar a minha filha na Área das Artes. Todos nós sabíamos que não ia ser fácil, mas o apoio que lhe foi dado pela família, pela Direção e pelos professores da Escola, foi fantástico e incansável. Ninguém baixou os braços e, no apoio e comunicação diários, a minha filha foi capaz de desabrochar, acabando por completar o 12ºano, precisamente agora.
Na Escola da APEL, a minha filha nunca foi um número, porque sempre lhe foi incutida a ideia de que tinha capacidades bastantes para vencer obstáculos e para realizar os seus sonhos. Aliás, pelo que tenho podido experimentar, é este o registo normal desta instituição, onde se vive um clima de proximidade, de família, de entreajuda, em que ninguém se sente só nem é deixado pelo caminho.
Agradeço à Direção da Escola, aos professores, a todos, mas, especialmente, à Professora Andreia Barros (Ensino Especial), ao Professor Filipe António (Diretor de Turma), ao pessoal não docente e aos alunos, seus colegas, pelo cuidado e carinho que sempre demonstraram.
Muito obrigada!
Dília Andrade.
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TESTEMUNHO DE UMA MÃE RECONHECIDA!
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